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Juiz Rodrigo Curvo fala sobre Legislação Ambiental para novos magistrados

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O juiz Rodrigo Curvo, titular da Vara Especializada do Meio Ambiente e do Juizado Especial Volante Ambiente (Juvam), participou nesta quinta-feira (26 de outubro), do Curso Oficial de Formação Inicial (Cofi), oferecido pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso e a Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis), aos 25 novos juízes e juízas substitutos que tomaram posse em junho deste ano.
 
O reconhecimento do meio ambiente como direito das gerações e as políticas capazes de assegurar o direito ao meio ambiente equilibrado foram algumas das temáticas trabalhadas pelo magistrado. Rodrigo Curvo, que ingressou na magistratura em 1999, contextualizou os esforços do Poder Judiciário para o fortalecimento da pauta ambiental em Mato Grosso, assim, como o trabalho do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que possui o maior e mais completo acervo jurídico sobre a temática ambiental do país.
 
Crimes como pesca ilegal, destruição de áreas de preservação permanente, transporte irregular de produto florestal, maus tratos aos animais, os diversos tipos de poluição (sonora, hídrica, atmosférica e por lançamento de resíduos em desacordo com a lei), assim como o exercício de atividades com potencial de poluição, além dos crimes contra a administração pública, como falsidade ambiental, concessão de licença irregular e falsidade de laudo, estudo e relatório ambiental, foram algumas das principais infrações ambientais mencionadas pelo magistrado, e que tramitam sob a competência do Juizado Volante Ambiental (Juvam) e da Vara Especializada do Meio Ambiente (Vema) da Comarca de Cuiabá.
 
Criado em 1996, pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso, o Juvam foi o primeiro juízo especializado do Brasil em matéria ambiental, idealizado à época pelo juiz José Zuquim Nogueira, atualmente desembargador do Tribunal de Justiça. Ao Juvam, competem causas relativas ao meio ambiente, no âmbito civil e penal, além das execuções advindas das multas do órgão municipal e estadual do meio ambiente.
 
Já a Vema, tem a competência de processar e julgar as ações de natureza civil, pertinentes ao meio ambiente físico, natural, cultural, artificial, do trabalho, além dos executivos fiscais advindos de multas aplicadas pela Secretaria do Meio Ambiente (SEMA) e Secretaria Municipal do Meio Ambiente das Comarcas de Cuiabá, Várzea Grande, Santo Antônio de Leverger e bacia do Pantanal Mato-grossense, bem como as ações penais que tratem de crimes ambientais e as cartas precatórias cíveis e criminais de sua competência.
 
Rodrigo Curvo ainda destacou a instalação do primeiro Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) Ambiental do Brasil, instalado com o apoio da então presidente do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec), desembargadora Clarice Claudino da Silva, atual presidente do Poder Judiciário de Mato Grosso.
 
“Graças ao perfil entusiasta da desembargadora Clarice Claudino e do seu apoio irrestrito às praticas e a busca por soluções consensuais de conflitos, conseguimos não só assegurar a implantação do primeiro Cejusc Ambiental do país, como também foi possível avançar sobremaneira na construção de soluções auto compositivas, com base no bom senso e no equilíbrio”, endossou.
 
Criado inicialmente para atender Cuiabá, o Projeto Verde Novo, de educação e conscientização ambiental, também foi apresentado com uma das iniciativas mais promissoras do Poder Judiciário, com a participação direta da comunidade para a rearborização urbana da capital. O juiz acrescentou ainda, que o Juvam já se prepara para assinar com o município de Várzea Grande, seu primeiro termo de adesão para expansão das atividades fora de Cuiabá. Em seis anos, o Verde Novo já realizou o plantio e/ou a distribuição de 189 mil árvores.
 
O magistrado se colocou a disposição dos novos juízes e juízas para o esclarecimento de duvidas e orientações sobre eventuais processos em suas respectivas comarcas, assim que designados, e orientou sobre a necessidade de se manterem em constante aprendizado sobre a temática ambiental.
 
#Paratodosverem Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Primeira imagem: Posicionado a frente da turma, o Juiz Rodrigo Curvo faz uso da fala enquanto apresenta o material de aula projetado no telão. Ele veste terno na cor preta com camisa branca e gravata azul claro.
 
Naiara Martins
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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Sistema de Justiça Criminal de MT discute estratégias contra avanço do crime organizado

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Na noite de quinta-feira (29 de outubro), em Cuiabá, integrantes de diversas instituições que compõem o Sistema de Justiça Criminal no Estado deram início ao “VI Encontro do Sistema de Justiça Criminal do Estado de Mato Grosso – Ideários entre a Lei e a Realidade”. Idealizado e coordenado pelo desembargador Marcos Machado (TJMT), o evento é uma realização da Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis-MT), em parceria com a Escola Superior da Advocacia (ESA/OAB-MT), Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf) – Escola Institucional do Ministério Público Estadual (MPMT) e Escola Superior da Defensoria Pública (Esdep).

“Esse é mais um evento que reúne as escolas superiores de Direito: a Escola da Magistratura, a Escola do Ministério Público, a Escola da Advocacia, da Defensoria, e isso já mostra a importância do diálogo, da convergência, dos pontos de equilíbrio. Os temas desse encontro envolvem a acentuada violência que nós estamos vivendo, sobretudo uma atuação até cruel por parte de facções criminosas. É uma preocupação que ultrapassa a atividade pedagógica e acadêmica, mas, como todos aqui são operadores do direito, com responsabilidades sociais, individuais e funcionais, acredito que teremos mais um momento de compreensão, de firmarmos entendimentos, de aperfeiçoarmos a aplicação da legislação processual penal e penal”, destacou o magistrado.

Segundo o desembargador, a realização do sexto encontro demonstra que, mais do que nunca, o Sistema de Justiça Criminal mato-grossense se organiza, dialoga e busca alternativas ao crescente avanço do crime organizado em todo o país. “Esse é o grande balanço que tem possibilitado ao Tribunal, à Procuradoria-Geral de Justiça, à Ordem dos Advogados, à Defensoria Geral, a se empenharem e, juntos, patrocinarem esse evento. Pessoas que se destacam no Brasil todo já estiveram conosco nos cinco eventos anteriores e não será diferente nesta sexta edição, que nós realizamos conjuntamente com as demais escolas”, acrescentou.

Parceiros institucionais

Para a defensora pública-geral de Mato Grosso, Luziane Castro, esse é um dos momentos mais ricos no estado de Mato Grosso quando se fala em Justiça Criminal. “Quando a gente reúne em um único espaço todos os órgãos do sistema de justiça para debater mecanismos, instrumentos, formas de atuação, a gente está tendo um ganho bastante significativo, um ganho que eu não tenho dúvida que vai chegar efetivamente a quem mais precisa, que é a nossa população, as pessoas que são atendidas pelo sistema de justiça aqui no estado. Toda essa cooperação é muito válida, especialmente quando a gente fala de uma justiça mais eficiente.”

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Já o procurador de justiça e coordenador do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (CEAF) – Escola Institucional do MPMT, Antônio Sérgio Cordeiro Piedade, afirmou ser um entusiasta da educação e que a academia tem um papel preponderante na formação do pensamento jurídico. “Essa interlocução, essa interface do sistema de justiça com a academia, é fundamental. A academia tem, por escopo, o aprimoramento das instituições e dos institutos. Ela não tem uma finalidade em si mesmo, ela busca a melhoria da sociedade, a evolução, o avanço. Então, cada instituição – o Poder Judiciário, o Ministério Público, a Advocacia, a Defensoria Pública – juntamente com as universidades, com a academia, promoverá um evento extremamente relevante e importante e teremos frutos para uma atuação melhor e mais próxima da sociedade”, assinalou.

Para o advogado Josemar Carmerino dos Santos, secretário-geral da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso (OAB/MT), representante da Presidência da OAB/MT, as expectativas com relação ao VI Encontro são as melhores possíveis. Segundo ele, são vários atores empenhados em debater o mesmo assunto: o combate à criminalidade. “É importante a visão de cada ator: advogado, defensor, promotor, juiz, julgador. E o tema é muito relevante também, que é a realidade e o ideário. O que é o ideário? Nada mais é que levar a ideia realmente à realidade, que nós sabemos que é uma utopia, mas quanto mais perto chegar, melhor será. Então, esse sexto encontro será importante não somente trazer conhecimento, mas extrair dali alguns fundamentos para poder aplicar à realidade”, opinou.

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Respostas à criminalidade

Representando a Escola Superior da Magistratura (Esmagis-MT) no evento, a juíza Gabriela Knaul de Albuquerque e Silva destacou a relevância da capacitação de todos os atores do sistema de justiça, preocupados com a crescente criminalidade, “na luta contra a violência que está tomando conta das nossas cidades, que está ameaçando as nossas crianças, mulheres, adultos, as nossas instituições e, ao mesmo tempo, esse olhar cuidadoso também com a proteção da vítima”, asseverou. “Essa capacitação, que busca um equilíbrio de sanção e reparação, me parece extremamente oportuna e é isso que esse evento vem propiciar: esse olhar diferenciado de capacitação qualificada para todos nós profissionais do direito.”

Também presente ao evento, a desembargadora Maria Erotides Kneip enfatizou que, diante dos acontecimentos recentes na cidade do Rio de Janeiro, esse encontro não poderia ser tão oportuno e cabível, “oportunizando um debate sobre a vítima, sobre o Estatuto da Vítima, sobre organizações criminosas e sobre o próprio sistema de justiça.”

“Vejo como resposta a acontecimentos como esse somente eventos como o de hoje, com capacitação, em todos os sentidos e integral, de cada um dos nossos dos atores e sobre cada uma das temáticas do Sistema de Justiça Criminal para que a gente possa apresentar uma resposta. É só o Sistema de Justiça Criminal que pode trazer uma resposta equânime, justa e cabível para acontecimentos como o do Rio de Janeiro”, enfatizou.

Confira aqui a programação completa do VI Encontro.

Clique neste link para ver todas as fotos do primeiro dia do evento.

Outras informações podem ser obtidas pelo e-mail [email protected] ou pelos telefones (65) 3617-3844 / 99943-1576.

Autor: Lígia Saito

Fotografo: Alair Ribeiro

Departamento: Assessoria de Comunicação da Esmagis – MT

Email: [email protected]

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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