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Obras de requalificação do Mercado do Porto são retomadas com foco em acessibilidade e drenagem

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As obras de requalificação do Mercado do Porto, em Cuiabá, serão retomadas na próxima semana, sob coordenação da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Turismo e Agricultura. A intervenção visa corrigir falhas deixadas na entrega anterior, realizada no fim de 2024, que ocorreu com pendências estruturais e de acessibilidade.

Segundo a pasta, os primeiros serviços serão dedicados à reconstrução dos sistemas de drenagem e esgoto, considerados os pontos mais sensíveis e que haviam sido executados de forma inadequada. As laterais do mercado já foram refeitas, e a próxima etapa será a drenagem da área de pescados, para eliminar o acúmulo de água que ainda ocorre no local.

Outra frente de trabalho será a readequação da calçada frontal, que havia sido quebrada, para garantir o cumprimento das normas de acessibilidade, incluindo rampas, guarda-corpos e inclinação adequada para cadeirantes. O forro da praça de alimentação, que apresentava buracos, também será reparado nesta primeira etapa, atendendo a uma notificação do Ministério Público.

Além das correções imediatas, a reforma prevê melhorias futuras e expansão do complexo. O projeto inclui a integração do Mercado do Porto ao Shopping Orla, com a demolição de construções que hoje obstruem a vista da entrada, formando um único eixo turístico. A proposta também contempla ações de sustentabilidade, como arborização, coleta seletiva e uma nova área para resíduos úmidos.

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Está em elaboração o projeto para construção de uma Sala de Desossa e Manipulação, viabilizada por uma emenda de R$ 750 mil, e de um banheiro no térreo, atendendo a uma demanda dos permissionários do setor de pescados.

“A obra do Mercado do Porto é um exemplo de que consertar o que não foi feito corretamente, muitas vezes, é mais difícil do que começar do zero. Infelizmente, a gestão passada entregou o mercado sem o sistema de esgoto e fora das normas de acessibilidade. Tivemos que revisar o projeto e o orçamento, mas agora a prioridade é fazer uma entrega definitiva e de qualidade”, afirmou o secretário municipal Fernando Medeiros, destacando o desafio de corrigir o que foi entregue de forma incompleta:

De acordo com o secretário-adjunto municipal de Obras e Infraestrutura, Matheus Barbosa, a previsão de entrega das etapas de drenagem e esgoto dependerá da conclusão do detalhamento orçamentário, prevista para a próxima semana.

“Estamos revisando o orçamento para garantir legalidade e precisão. Os projetos de drenagem, esgoto e acessibilidade foram elaborados por especialistas e seguem todas as normas vigentes. Haverá fiscalização diária para assegurar que tudo seja executado conforme o planejado”, explicou.

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A prefeitura informou que o acesso dos permissionários e do público não será afetado durante as intervenções, já que o Mercado do Porto possui múltiplas entradas. As áreas em obra estarão isoladas, sem interferir no funcionamento do espaço.

#PraCegoVer

A imagem mostra o interior do Mercado do Porto, com bancas de frutas, verduras e produtos regionais.

Fonte: Prefeitura de Cuiabá – MT

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Primeiro piloto profissional do Brasil diagnosticado com TEA faz relato emocionante na Câmara de Cuiabá

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Ana Cláudia Fortes | Assessoria da vereadora Maysa Leão 
Nesta terça-feira (21), a vereadora Maysa Leão (Republicanos) recebeu na Câmara Municipal de Cuiabá o jovem Dimy Kalinowski, o primeiro piloto autista da categoria profissional  de kart , federado do Brasil e vice-campeão do Mato-Grossense de Kart F4 2023. Ele tem Transtorno do Espectro Autista (TEA) nível 2 de suporte e, ao lado da mãe, Branca Fernandes, fez um relato que emocionou todos os presentes no plenário.
Durante a fala, Dimy compartilhou sua trajetória e as barreiras que enfrentou até chegar às pistas, destacando a importância da inclusão e do reconhecimento das habilidades das pessoas com autismo. “Ser humano é viver em sociedade. Ninguém faz tudo sozinho e o autista é humano como qualquer outro, apenas com um pouco mais de dificuldade de se socializar. Eu mesmo preciso que me chamem atenção quando não sigo alguma norma, e isso é normal para nós, autistas. Apesar disso, muitos têm habilidades especiais que acabam não sendo vistas, justamente pela dificuldade de interação. Eu aparentava ser alguém que não conseguiria nada, ouvi muito que eu não iria vencer, mas eu tentei e consegui. O mais importante é que o autista tenha a oportunidade de tentar e mostrar suas habilidades”, disse Dimy.
Emocionada, sua mãe, Branca Fernandes, fez um relato que causou grande comoção no plenário. “Na cabeça de toda mãe de autista, a grande preocupação é: e quando eu morrer, quem vai cuidar do meu filho? Essa dúvida é diária, é 24 horas. O isolamento é muito grande porque muitas vezes somos só nós e nossos filhos. Eu vim hoje a esta Casa de Leis pedir para que não desamparem nossos filhos, que enxerguem o potencial deles e que nos deem a chance de ver suas realizações enquanto ainda estamos aqui”, desabafou Branca, recebendo aplausos e lágrimas dos presentes.
A vereadora Maysa Leão destacou a importância simbólica da presença de Dimy e Branca na Câmara e reforçou o papel do poder público na construção de políticas inclusivas. “Nós estamos recebendo o Dimy e a Branca, mãe dele. Dimy é o primeiro piloto autista federado nas corridas de kart do Brasil. E, como ele mesmo diz, quando entra no carro, não é um autista correndo, é o piloto Dimy. Mas é essencial que o símbolo do autismo esteja no capacete e na roupa, para que a sociedade entenda que o problema não é o autista não estar nos espaços, é a falta de inclusão. Eles têm habilidades, só precisam de oportunidades. Dimy é um testemunho vivo de superação e inspiração”, afirmou.
Maysa, que também é mãe atípica, se emocionou com o depoimento e lembrou a realidade de milhares de mães que enfrentam sozinhas os desafios da inclusão. “Eu me emocionei porque sinto o que a Branca sente, mas tenho uma rede de apoio. Porém, 70% são mães-solo, cuidam de autistas de suporte 1,2,3; de pessoas com deficiências múltiplas e vivem a solidão como maior companhia. Pensam todos os dias: se eu morrer, o que será do meu filho? Precisamos construir políticas públicas para essa realidade”, destacou.
A vereadora também apontou a urgência de aprimorar as ações voltadas à jornada do autista, desde o diagnóstico precoce até o acesso ao mercado de trabalho. “Muitos autistas ainda têm diagnóstico tardio, e isso causa sofrimento e atraso no desenvolvimento. Cuiabá precisa garantir ambulatórios especializados para adolescentes e adultos, terapias adequadas à idade e espaços que estimulem o aprendizado e a empregabilidade. Hoje, infelizmente, Cuiabá está de costas para o autismo e as pessoas com deficiências múltiplas. Se o poder público não investir agora, no futuro enfrentaremos uma grande demanda por residências assistidas, que custam caro e exigem diversos profissionais. É questão de humanidade, mas também de responsabilidade com o futuro”, concluiu.

Fonte: Câmara de Cuiabá – MT

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